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quinta-feira

Chatô, O Rei do Brasil - Fernando Morais

No estudo de história no colégio, a lembrança começa na História Antiga, lá na Ásia, passando para Europa, para onde vamos à Idade Média e Moderna.

Em uma intercessão, é introduzido o Brasil na brincadeira, onde estudamos bastante a época do Brasil Colônia e mais ainda o Brasil Império.

De repente, acaba-se.

Todas as pessoas que eu perguntei, tem a mesma sensação. Parece que o Brasil República não faz parte da História. Pelo menos não no colégio.

Ninguém tem a cronologia bem definida na mente dos eventos da República. Tem-se idéia que houve uma República do Café-com-Leite, que houve o tenentismo, Revolução de 30, Getúlio Vargas. Mas... e daí? Qual a relação de uma coisa com a outra.

Já por esse motivo, Chatô - O Rei do Brasil, vale à pena ser lido.

A história de Assis Chateaubriand se confunde com a História da República do Brasil. O jornalista participou ativamente, fazendo-a inclusive.

Lendo o livro, associa-se muito do que existe hoje, ao jornalista e empreendedor também.

Desde o rádio e a televisão no Brasil a outras sutilezas como o desenvolvimento da aviação ou mesmo a inscrição "média de 40 palitos" nas caixas de fósforos.

Quase irrelevante citar sua associação com o poder e a política. Ninguém que cria um império das comunicações como ele o fez com os seus Diários Associados está dissassociado do poder.

E não menos importante, para fundir com o poder e o desenvolvimento industrial, há a alma de mecenas, da arte. Mesmo que não bancada por ele, mas instigada por.

O mais gritante exemplo? O MASP, que foi fundado por ninguém menos que Assis Chateaubriand.

Como ele fez tudo isso? Bem. Esse é a diversão de ler o livro. Aliás, tem mais, muito mais coisas mesmo para serem lidas no livro.

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